Programa de homenagem ao mundo sinfónico de expressão germânica. Começamos pelos finais do século XVIII, com a segunda das doze Sinfonias londrinas de Joseph Haydn, popularmente conhecida como “Surpresa” e escrita durante a primeira das várias visitas à capital inglesa. O compositor usou frequentemente o humor na música ao quebrar as expectativas das regras clássicas de composição. A surpresa surge quando irrompe um súbito e inesperado acorde em fortissimo no segundo andamento
Decorreria mais de um século até à Sinfonia alpina de Richard Strauss, onde se descrevem as sensações que marcam uma viagem pela montanha, desde o raiar da aurora ao crepúsculo. Strauss viveu na juventude uma aventura similar, quando foi colhido por uma tempestade durante uma escalada alpina. Na partitura, estruturada em andamento único, são indicadas clara e cronologicamente as secções da aventura (Aurora, Escalada, Tempestade, Descida e Noite são algumas delas). O compositor não hesita em apelar a sonoridades tremendas, utilizando inclusivamente máquinas de trovão, características que levaram a que alguns tivessem considerado a obra música de cinema. Viagem geográfica, pessoal e sensorial terminada em 1915.