Falstaff, a última ópera de Giuseppe Verdi, foi a terceira do compositor a ser baseada em Shakespeare. Foi estreada em 1893 no Scala de Milão. O titular, Victor Maurel, cantou-a no nosso teatro no ano seguinte. O grande compositor de Itália terminava com uma commedia lirica uma produção marcada por intensíssimas tragédias.
A estreia foi recebida em apoteose, mas Falstaff não manteria a tremenda popularidade dos outros títulos verdianos. Era uma obra desconcertante, em que o público não reconhecia as empolgantes árias, os coros e os grandes finais que tinham marcado toda a produção do mestre. Era-lhe proposta uma modernidade quase radical.
Hoje, ela é incontornável e todos os grandes barítonos quiseram interpretar Falstaff, de Gobbi a Terfel, passando por Fischer-Dieskau ou Bacquier.
Falstaff é uma obra cintilante e imparável. Tal como disse Richard Osborne, «Falstaff é o apogeu da comédia em música (…), inspirada no maior dramaturgo e escrita pelo maior compositor de ópera que o mundo já conheceu».
Teatro Nacional de São Carlos, Sala Principal
11, 13, 15 e 17 de maio de 2024, 20h
19 de maio de 2024, 16h
Falstaff
Giuseppe Verdi
Libreto, Arrigo Boito
Antonio Pirolli, Direção musical
Jacopo Spirei, Encenação
Nikolaus Webern, Cenografia
Giuseppe di Iorio, Desenho de luz
Silvia Aymonino, Figurinos
Carmine de Amicis, Colaborador de encenação
Sir John Falstaff, Pietro Spagnoli
Alice Ford, Dora Rodrigues
Ford, André Baleiro
Nannetta, Rita Marques
Mrs. Quickly, Maria Luísa de Freitas
Meg Page, Cátia Moreso
Fenton, Michele Angelini
Dr. Cajus, Marco Alves dos Santos
Bardolfo, Leonel Pinheiro
Pistola, Miguel Ángel Zapater
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
(Giampaolo Vessella, maestro titular)
Produção Teatro Regio di Parma