O piano foi o veículo principal para as inovações de Ludwig van Beethoven. Sua reputação inicial como pianista em Bonn veio graças à interpretação do Cravo bem temperado de Bach, e seu sucesso inicial em Viena deu-se em grande parte por sua capacidade de improvisar ao teclado. Neste programa, ouviremos o terceiro concerto do compositor para o instrumento. É uma obra especial pois, enquanto os dois anteriores podem ser considerados de juventude e fortemente ancorados na tradição, esse parece indicar que Beethoven encontrou a sua própria voz. Aqui, Tom Borrow encerra sua colaboração com a Osesp nesta Temporada, retornando em 2025 para interpretar os dois últimos concertos de Beethoven.
A música de Beethoven foi um modelo dominante para todos os compositores a partir de meados do século XIX, e com Mahler não foi diferente. Em suas obras, ele reuniu não apenas citações diretas das sinfonias do mestre de Bonn, mas também conceitos e estruturas. Finalizada em março de 1888, a Titã incorpora a música que Mahler compôs para trabalhos anteriores e citações de diversas fontes populares, como fanfarras, temas tradicionais judaicos e a canção Frère Jacques. O curioso é que, se hoje ela pode ser vista como a primeira de um conjunto dos mais apreciados nas salas de concerto, na época de sua estreia, a Titã, como as demais sinfonias de Mahler, foi recebida sem muita empolgação. Para a Osesp, este é um momento importante, já que o grupo segue registrando a integral das sinfonias de Mahler com Thierry Fischer no pódio.