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Theatro Municipal de São Paulo

Baryton-basse (+2)

Craig Colclough

Macbeth

Soprano (+1)

Marigona Qerkezi

Lady Macbeth

Basse (+2)

Savio Sperandio

Banco

Ténor (+1)

Giovanni Tristacci

Macduff

Licio Bruno

Ténor

Enrique Bravo

Directeur musical

Direction d'orchestre (+1)

Roberto Minczuk

Mise en scène

Elisa Ohtake

Direction de choeur

Érica Hindrikson

Com dezenas de óperas escritas em mais de 50 anos de carreira, que nunca saíram do repertório, o italiano Giuseppe Verdi é um dos mais importantes e amados compositores líricos de todos os tempos. Escrita em quatro atos com libreto italiano de Francesco Maria Piave e acréscimos de Andrea Maffei, Macbeth é a primeira ópera de Verdi com texto baseado em Shakespeare. A obra do bardo inglês, no entanto, exercia grande fascínio sobre Verdi, que ainda criaria suas duas óperas finais a partir de textos shakespereanos: Otelo serviu de base para a ópera de mesmo nome, em 1887, e As Alegres Comadres de Windsor originou Falstaff (1893). Um quarto projeto, baseado em Rei Lear, não chegou a se concretizar apenas porque Verdi não conseguiu encontrar o libreto adequado.
A primeira versão de Macbeth foi escrita para o Teatro della Pergola, em Florença, e estreou em 1847. Mas a versão mais conhecida hoje é a revisada e expandida para uma apresentação francesa em Paris, em 1865. As mudanças incluem uma nova ária para Lady Macbeth no segundo ato, a adição de uma cena de balé (para atender ao gosto do público francês) e a remoção da cena da morte de Macbeth.
Numa carta que se tornou bastante conhecida, Verdi afirma que Lady Macbeth não deve ter uma voz bonita, uma vez que deve retratar o mal de sua personagem. A música escrita para ela, no entanto, é altamente elaborada e dramática, além de difícil tecnicamente. O papel-título, embora não tão complexo, requer igualmente considerável talento dramático.
Apesar de bem recebida em sua estreia, a ópera desapareceu dos palcos por quase cem anos. Parte do problema foi o papel de Lady Macbeth: embora peça Dós altos e até mesmo um Ré bemol, o papel fica muito baixo para a maioria das sopranos. Macbeth foi revivida em alemão na década de 1930 e subiu ao palco do Metropolitan Opera em 1959. Desde então, tem tido sucesso contínuo.
É de Elisa Ohtake a direção cênica da montagem. Diretora de teatro e dança, dramaturga e artista plástica, Ohtake é uma artista comprometida em pensar a cena contemporânea a partir do esgarçamento das convenções das linguagens artísticas.

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